Inovações na produção e beneficiamento de chás: o caso da agroindústria familiar “Consórcio Santa Gema de Plantas Medicinais”

  • Ana Claudia Machado Padilha Universidade de Passo Fundo
  • Jordana Eidelwein Universidade de Passo Fundo
  • Morgana Secchi Universidade de Passo Fundo
  • Marcelino de Souza Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Palabras clave: Agricultura familiar, Inovação, Plantas Medicinais

Resumen

Inovar é um dos elementos fundamentais para garantir a competitividade das empresas no contexto econômico. Influenciados pelas diferentes forças de mercado, estão as famílias produtoras rurais. O mercado de produtos advindos da agricultura familiar, como a produção plantas medicinais bioativas, apresenta potencialidades de crescimento, exigindo visão estratégica na inserção correta das formas de inovação disponíveis e necessárias ao desenvolvimento dessa atividade. Neste sentido, o estudo tem como objetivo identificar as inovações adotadas pelas famílias rurais que integram o Consórcio Santa Gema de Plantas Medicinais. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de caráter exploratório, ratificada em estudo de caso através de entrevista com a gestora responsável pelo Consórcio. A análise de dados qualitativa, realizada a partir da técnica de análise de conteúdo, evidenciou a presença de inovações que dão sentido às atividades produtivas. Isso resulta na valorização da agricultura familiar e manutenção da propriedade como fonte de renda e sustento da família rural com qualidade de vida.

Descargas

La descarga de datos todavía no está disponible.

Citas

ARMBRUSTER, H., BIKFALVI, A., KINKEL, S.; LAY, G. (2008) “Organizational innovation: The challenge of measuring non-technical innovation in large-scale surveys”. Technovation, Volume 7, Nro. 28, 644-657.

BARDIN, L. (1997) “Análise de conteúdo”. Lisboa: Edições 70.

BARBIERI, C. J., ÁLVARES, T. C. A. & CAJAZEIRA, R. E. J. (2009) “Gestão de Ideias para Inovação Contínua”. Porto Alegre: Bookman.

BESSANT, J., TIDD, J. (2009) “Inovação e empreendedorismo”. Porto Alegre: Bookman.

BEREZNOY, A. (2019) “Changing the competitive landscape through business model innovation: the new imperative for corporate market strategy”. Journal of the Knowledge Economy, Volume 10, Nro. 4, 1362–1383. 

BOROWSKI, P. F. (2020) “Innovation strategy on the example of companies using bamboo”. Journal of Innovation and Entrepreneurship, Volume 10, Nro. 3, 380-392.

BORTOLUZZI, S. C., ENSSLIN, S. R., ENSSLIN, L. & VALMORBIDA, S. M. I. (2012) “Indicadores de desempenho propostos em pesquisas nacionais e internacionais para avaliar redes de pequenas e médias empresas (PMEs)”. In: ENANPAD – Encontro Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração, Rio de Janeiro: ANPAD.

BOTSARIS, A. (2016) “Cresce interesse pela fitoterapia”. Disponível em: < https://vyaestelar.com.br/cresce-interesse-pela-fitoterapia/>. Acesso em: 25 jan. 2020.

BOZA, S., MORA, M., OSORIO, F.& MUÑOZ, J. (2018) “Family farmers’ reluctance toward incorporating into the formal economy”. Economia Agraria y Recursos Naturales, Volume 18, Nro. 2, 75-92.

CANAVESI, F. C., BIANCHINI, V. & SILVA, H. C. (2017) “Inovação na agricultura familiar no contexto da extensão rural e da transição agroecológica”. In: Sambuichi, R. H. R.; Moura, I. F., Mattos, L. M., Àvila, M. L., Spínola, P. A. C. & Silva, A. P. M. (Orgs.). A Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica no Brasil: uma trajetória de luta pelo desenvolvimento rural sustentável. Brasília: Ipea.

CASTRO, R. A., ALBIERO, A. L. M. (2016) “O mercado de matérias primas para indústria de fitoterápicos”. Revista Fitos, Volume 10, Nro. 1, 59-72.

CASTRO, N. N., DENUZI, V. S. S., RINALDI, R. N. & STADUTO, J. A. R. (2010) “Produção Orgânica: Uma Potencialidade estratégica para a agricultura familiar”. Revista Percurso-NEMO, Volume 2, Nro. 2, 73-95.

CHANGLI, F. G. & MA, R. (2020) “Identification of the factors that influence service innovation in manufacturing enterprises by using the fuzzy dematel method”. Journal of Cleaner Production, Volume 7, Nro. 9, 120- 147.

CHRISTENSEN, C. M. (1997) “The innovator’s dilemma: when new technology cause great firms to fail”. Boston: Harvard Business School Press.

CROSSAN, M. M. & APAYDIN, M. (2010) “A multi-dimensional frameworkf of organizational innovation: a systematic review of the literature”. Journal of Management Studies, Volume 47, Nro. 6, 1154-1191.

DAVILA, T., EPSTEIN, M., SHELTON, R. (2007) “As regras da inovação”. Porto Alegre: Bookman.

DAY, G. S., SCHOEMAKER, P. J. H. & GUNTHER, R. E. (2003) “Gestão de tecnologias emergentes”. Porto Alegre: Bookman.

DIAS, V. V., SCHULTZ, G., SCHUSTER, M. S., TALAMINI, E. & RÉVILLION, J. P. (2015) “The organic food market: a quantitative and qualitative overview of international publications”. Revista Ambiente e Sociedade, Volume 18, Nro. 2, 161-182.

DOLOREUX, D. (2004) “Regional networks of small and medium sized enterprises: evidence from the metropolitan area of Ottawa in Canada”. European Planning Studies, Volume 12, Nro. 2, 73- 189.

DOSI, G., TEECE, D. & CHYTRY, J. (1998) “Technology, organization and competitiveness: perspectives on industrial and corporate change”. Oxford: Oxford University Press.

DOSI, G., PAVITT, K. & SOETE, L. (1990). “The economics of technical change and international trade”. Londres: Harvester Wheatsheaf.

DRUCKER, P. F. (2007) “Management Challenges for the 21st Century”. 8 ed, Oxford: Elsevier.

EIDELWEIN, J., PADILHA, A. C. M., SOUZA, M. & LEAVY, S. (2018) “O papel dos recursos na produção de orgânicos: o caso dos produtores da Feira Ecológica de Passo Fundo – RS”. In:Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural – SOBER, 56. Campinas: Anais Eletrônicos.

FREEMAN, C. (1994) “The economics of technical changes”. Cambrige Journal of Economics, Volume 18, Nro. 9, 461-463.

GALÃO, F. P. & CÂMARA, M. R. G. (2009) “Inovação e orientação para o mercado e desempenho no arranjo produtivo local embrionário do vestuário de Londrina/PR”. Revista de Ciências da Administração, Volume 11, Nro. 23, 87-112.

GATES, G. R. & COOKSEY, R. (1998) “Learning to manage and managing to learn”. The Journal of Workplace Learning, Volume 10, Nro. 1, 5-14.

GUSMUSLUOGLU, L., ILSEV, A. (2009) “Transformational leadership, creativity and organizaional innovation”. Journal os Business Research, Volume 8, Nro. 62, 461-473.

HELFAND, S.; MOREIRA, A. R. B. & BRESNYAN JR. E. W. (2015) “Agricultural Productivity and Family Farms in Brazil: Creating Opportunities and Closing Gaps”. Disponível em: https://economics.ucr.edu/docs/helfand/Helfand%20Ag%20Productivity%20and%20Family%20Farms%20in%20Brazil%202015.pdf>. Acesso em: 25 jan. 2020.

HAUSTEIN, H. D. (1980) “Human Ressources, Certanty and Innovation”. In: Sixth World Congress of the International Economic Association. México.

KANSANGA, M., ANDERSEN, P., ATUOYE, K. & MASON-RENTON, S. (2018) “Contested commons: Agricultural modernization, tenure ambiguities and intra-familial land grabbing in Ghana”. Land Use Policy, Volume 75, Nro. 5, 215-224.

KIM, S. H., HUARNG, K. H. (2011) “Winning strategies for innovation and high-technology products management”. Journal of Business Research, Volume 64, Nro. 11, 1147-1150.

KOLA-NYSTROM. (2003) “Theory of conceptualization the challenge of corporate renewal”. Lappeenrata. University of Technology: Working Papper.

LA CRUZ, M. G. (2005) “Diagnóstico situacional da cadeia produtiva farmacêutica no estado de Mato Grosso”. Mato Grosso: Governo do Mato Grosso. Disponível em: . Acesso em: 25 jan. 2020.

LÓPEZ, C. A. A. (2006) “Considerações gerais sobre plantas medicinais”. Revista Ambiente, Gestão e Desenvolvimento. Volume 1, Nro, 1, 19-27.

LORENZO, H. C. & MANCINI, R. F. (2007) “A inovação no contexto das micro e pequenas empresas do segmento odontológico no município de Araraquara”. In: XXVII Encontro Nacional de Engenharia de Produção, Foz do Iguaçu, PR, Brasil.

LOURENZANI, W. L., PINTO, L. B., CARVALHO, E. C. A. & CARMO, S. M. (2008) “A qualificação em gestão da agricultura familiar: A experiência da Alta Paulista”. Revista Ciência em Extensão, Volume 7, Nro. 1, 60-64.

LUCENA, J. A. S., GUEDES, J. P. M. (2020) “Use of phytotherapics in the prevention and treatment of systemic arterial hypertension”. Revista Brasileira de Educação e Saúde, Volume 10, Nro. 1, 15-22.

MATTOS, J. R. L., GUIMARÃES, L. S. (2005) “Gestão da tecnologia e inovação: uma abordagem prática”. São Paulo: Saraiva.

MILLER, W. L., MORRIS, L. (1999) “Fourth generation ReD”. USA, Canada: John Wiley and Sons.

NOGUEIRA, A. C. L.& SCHMUKLER, A. (2016) “Os Pequenos Produtores Rurais e a Sustentabilidade”. Disponível em: . Acesso em: 15 out. 2019.

PAVITT, K. (1984) “Sectoral Patterns of Technical Change: towards a taxonomy and a theory”. Research Policy, Volume 13, Nro. 4, 343-373.

PELEGRINI, G. & GAZOLLA, M. (2007) “Caracterização e análise das agroindústrias familiares da Região do Médio Alto Uruguai (CAAF)”. Relatório Final de Pesquisa. Edital FAPERGS 001/2005, PROCOREDES, Frederico Westphalen.

PERTUZ, V. & PÉREZ, A. (2020) “Innovation management practices: review and guidance for future research in SMEs”. Management Review Quarterly, Volume 3, Nro. 2, 1- 37.

PISANO, G. P. (2019) “The Hard Truth About Innovative Cultures”. Harvard Business Review, Volume 4, Nro. 5, 54-59.

ROBERTS, E. (2003) “Types of innovation. In: Managing Creativity and Innovation. Boston: Harvard Business Essentials”. Disponível em: . Acesso em: 25 nov. 2019.

ROPELATO, M., SILVEIRA, A. & MACHADO, D. D. P. N. (2010) “Inovação: análise da produção científica brasileira: 2006-2009”. In: SIMPOI, São Paulo. Disponível em: . Acesso em: 25 jan. 2020.

PEREIRA, M. F., GRAPEGGIA, M., EMMENDOERFER, M. L. & TRÊS, D. L. (2009) “Fatores de inovação para a sobrevivência das micro e pequenas empresas no Brasil”. RAI: Revista de Administração e Inovação, Volume 6, Nro. 7, 50-65.

PIERRI, M. C. Q. M. & VALENTE, A. L. E. F. (2015) “A feira livre como canal de comercialização de produtos da agricultura”. In: 53º Congresso de Economia e Sociologia Rural. Alagoas.

SANTOS, R. L., GUIMARAES, G. P., NOBRE, M. S. C. & PORTELA, A. S. (2011) “Analysis about phytotherapy as an integrating practice in the Brazilian Unified Health System (UHS)”. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Volume 13, Nro. 4, 486-491.

SAWHNEY, M., WOLCOTT, R. C. & ARRONIZ, I. (2006) “The 12 Different Ways for Companies to Innovate”. MIT Sloan Management Review, Volume 47, Nro. 3, 75-81.

SCHNEIDER, S. (2003) “Teoria social, agricultura familiar e pluriatividade”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, Volume 18, Nro. 51, 99-122.

SCHUMPETER, J. (1934) “The theory of economic development”. Cambridge: Harvard University Press.

SCHUMPETER, J. A. (1988) “Teoria do desenvolvimento econômico”. São Paulo: Nova Cultural.

SHERGIAN, A. & IMMAWAN, T. (2015) “Design of Innovative Alarm Clock Made from Bamboo with Kansei Engineering Approach”. Agriculture and Agricultural Science Procedia, Volume 3, Nro. 1, 184–188.

SHIKOV, AN., NARKEVICH, IA., FLISYUK, EV., LUZHANIN, VG., & POZHARITSKAYA, ON. (2020) “Medicinal Plants of the 14th edition of the Russian Pharmacopoeia, recent updates”. Journal of Ethnopharmacology, Volume 268, Nro. 25, 11-36.

SILVA, G., DACORSO, A. L. R. (2014) “Riscos e incertezas na decisão de inovar das micro e pequenas empresas”. Revista Administração Mackenzie, Volume 15, Nro. 4, 229-255.

SOUZA, B. (2008) “Gestão de processos”. Volume 4. Paraná, Sebrae.

TAKAHASHI, S. & TAKAHASHI, V. P. (2007) “Gestão de inovação de produtos na era do conhecimento”. Curitiba, 68-75.

TANG, H. K. (1998) “An integrative model of innovation in organizations”. Technovation, Volume 18, Nro. 5, 297-309.

TIDD, J., BESSANT, J., PAVITT, K. (2008) “Gestão da Inovação”. Porto Alegre: Bookman.

TRIVIÑOS, A. N. S. (1992) “Introdução à pesquisa em Ciências Sociais: a pesquisa qualitativa em educação”. São Paulo: Atlas.

VAN DE VEN, A., ANGLE, H. & POOLE, M. S. (1989) “Research on the management of innovation: the Minnesota studies”. New York: Ballinger Publishing/Harper and Row.

VAZ, C. R., FAGUNDES, A. B. & PINHEIRO, N. A. M. (2009) “O surgimento da ciência, tecnologia e sociedade (CTS) na educação: Uma Revisão”. I Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia. Disponível em: . Acesso em 25 jan. 2020.

VERGARA, S. (1997) “Projetos e relatórios de pesquisa em administração”. São Paulo: Atlas.

XIANG, NG. Z., JING, Y. T. M. & HAR, Y. P. (2020) “Peperomia pellucida (L.) Kunth herbal tea: Effect of fermentation and drying methods on the consumer acceptance, antioxidant and anti-inflammatory activities”. Food Chemistry, Volume 344, Nro. 15, 128-158.

YIN, R. K. (1989) “Case study research: design and methods”. USA: Sage Publications Inc.

ZILBER, M. A., LEX, S., MORAES, C. A., PEREZ, G., VIDAL, P. G. & CORRÊA, G. B. F. (2005) “A inovação e seus fatores organizacionais determinantes”. In: Anais do XXIX Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração – EnANPAD. Brasília: ANPAD.

Otras fontes

ECO DEBATE. (2010) “Plantas medicinais geram renda para agricultores familiares”. Disponível em Acesso em: 25 jan. 2020.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. (2017) “Censo Agropecuário. Rio de Janeiro: IBGE. Disponível em: . Acesso em: 25 jan. 2020.

OCDE. (1997) “Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico”. Manual de Oslo: Diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação. Paris: OECD.

OCDE. (2005) “Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico”. Manual de Oslo: Diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação. FINEP. 3 ed.

RURAL, P. (2004) “Inaugurada agroindústria em Passo Fundo”. Disponível em: . Acesso em: 30 out. 2019.
Publicado
2021-03-28
Cómo citar
Machado Padilha, A. C., Eidelwein, J., Secchi, M., & de Souza, M. (2021). Inovações na produção e beneficiamento de chás: o caso da agroindústria familiar “Consórcio Santa Gema de Plantas Medicinais”. Espacio Abierto, 30(1), 147-165. Recuperado a partir de https://www.produccioncientificaluz.org/index.php/espacio/article/view/35620
Sección
Semestre